quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Diabo, maquiavelicamente, inventou o funk carioca, Deus, em sua infinita bondade, os fones de ouvido

Na última semana, eu estava com mil idéias na cabeça sobre o que eu postaria no meu blog, mas ainda não havia me decidido sobre qual tema eu falaria, entretanto, após um feriado prolongado de sol e muito calor e noites inteiras sem dormir, eu resolvi falar sobre esse tema, que me cansa, me enoja, me embrulha o estômago e me deixa perplexa com a tamanha falta de respeito que as pessoas têm com as outras...
Eu havia pensado em falar de música hoje, mas me recuso a chamar isso de música. Sou do tempo que música fazia bem para a alma, para o coração, transmitia paz, inspiração, calma, espantava os males... E não isso que vejo hoje em dia. Que denigre a imagem feminina, que reduz o ser humano a animais irracionais (cachorras, tigrões, etc...), Para terem uma idéia do que estou falando, passei duas noites tentando dormir ao som de “senta aqui, novinha”, “Olha o barulhinho...ploct ploct...ploct”, “Quero te dá, dá dá dá dá dá dá” entre outros refrões que não posso colocar aqui porque me dá vergonha. Foi uma overdose de baixaria... Quase tive um colapso!

Acontece que alguns imbecis resolveram passar o feriado com um carro de som ligado a uma sonoridade de um bilhão de decibéis na porta da minha casa... ouvindo sabe o quê???? Acho que eu não consigo nem dizer o nome: “Funk”. (dizer o nome já eleva meus batimentos cardíacos). Logicamente, não estou me referindo ao verdadeiro Funk (também conhecido como soul funk ou funk de raíz) que é um estilo bem característico da música negra norte-americana, desenvolvido a partir de meados dos anos 1960 por artistas como James Brown e por seus músicos, especialmente Maceo Parker e Melvin Parker, a partir de uma mistura de soul music, soul jazz, rock psicodélico e R&B.


Eu, sinceramente, não entendo como as pessoas (principalmente as mulheres) podem gostar tanto de serem escandalizadas, diminuídas, ofendidas, pois para mim, ser aclamada pelo tamanho das nádegas ou dos seios, ser comparadas a frutas, animais ou objetos é ser altamente ofendida. O funk carioca é geralmente criticado por ser pobre em criatividade, por muitas vezes apresentar uma linguagem obscena e vulgar apelando para letras obscenas, com apologia ao crime, drogas e tráfico, e à sexualidade exarcebada, para fazer sucesso. NÓS PRECISAMOS DISSO????
Eu fico indignada com a pobreza de espírito que está por trás do estilo “funk carioca”, a sociedade não precisa disso, nossas crianças não precisam disso, eu odiaria ver minha filha cantando algum dos refrões citados anteriormente, mas no fim das contas, se isso acontecer, e eu espero que NUNCA aconteça, não será culpa dela, nem minha, pois não posso controlar o que os meus vizinhos ouvem, não posso sair com um revólver na rua atirando em todo mundo que tiver com seus carros e suas bazucas sonoras estrondando o quarteirão, embora vontade não me falta. Aí, entra a questão de cidadania, do seu direito terminar onde começa o meu, mas existe consciência cidadã em um indivíduo que curte funk? Eu duvido! Porque não basta ser funk, tem que ser alto! Altíssimo, de preferência! E tem que ir até às 08:00 da manhã... ou até alguém chamar a polícia... Porque uma coisa é certa: FUNCIONA! 
Gosto é gosto e cada um tem o seu, concordo plenamente, mas eu não posso obrigar meus vizinhos (salvo raras exceções) a gostarem de Legião Urbana, Engenheiros do Hawaí, Guns N’Roses, Caetano Veloso, Eliz Regina, Queen, Beatles... Infelizmente, eu não posso!!!
Mas de uma coisa estou certa: “Se eu encontrar o miserável que inventou a droga do funk carioca, eu MATO!”
Existe censura pra tudo: Tv, cinema, poltica, etc... Cadê a censura às letras de músicas???? Ah, tava esquecendo “Funk” não é música. Mas de qualquer forma, deixo o meu apelo às autoridades: Por que não pensar em um projeto de lei que proíba a execução desse execrável estilo musical em público? Por que não criar locais específicos para os famosos báiles (popularmente, “pancadão”) com isolamento acústico?
Assim, vai quem gosta, não incomoda a população, não induz nossas crianças a fazerem apologias às drogas, sexo, tráfico.... e de quebra, descongestionaria bastante o 190 para chamadas emergenciais em casos mais graves. Não seria um caso a se pensar???

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Meu Pequeno Universo.....

Existe um lugar onde não preciso representar...
Um cantinho onde posso mostrar-me como sou...
Um lugar que é parte do que fui e que guarda a menina que deixei de ser...
É esse o lugar onde eu quero estar, onde eu gostaria que estivesse mais alguém...
Vou andando a passos largos, correndo contra o tempo...
Dobrando as esquinas das ilusões e tomando assento na Praça da Saudade...
Meus anjos se foram partindo...
Mas ainda vejo um que brinca com as flores... as poucas que decidi cultivar...
É meu anjo da guarda que me aponta a direção, que sorri... me abraça e me tem como exemplo... Esse anjo que faz com que eu me sinta tão forte quando já não tenho mais forças...
Estamos sós! Meu anjo e eu... Num pedacinho de paraíso que prefiro chamar de “Minha casa”.
Um cenário tão simples, tão monótono, tão pouco atraente aos olhos dos que passam...
Um lugarzinho no mundo que talvez, não interesse a ninguém...
Onde dou risada pisando em poças d’água... onde choro ouvindo Celine Dion... onde me afogo em copos de cerveja...
Um lugar onde posso contemplar o sono de um anjo que um dia, voará para longe...
Um lugar que me acolhe em todos os  momentos de fúria, de alegria, de dor, de tristeza, de saudade, de angústia, de solidão, de felicidade, de sei lá mais o quê...
Onde não existem máscaras, nem censura, nem mentiras...
Onde represento o meu melhor papel... (Uma personagem que pouquíssimas pessoas fizeram questão de conhecer) 

Esse é o lugar que eu poderia chamar de “Meu Tudo” “Meu Tão-Pouco” “Meu Quase-Nada” mas que prefiro chamar de “Meu Mundo” e nada mais...

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Coragem...o caminho é longo....

Meu barco segue errante em busca de novos mares...
Quase naufragando pelo caminho, quase desistindo de remar...
Mas os que desistem são covardes e eu, que tantas vezes me julguei assim, percebo que sou muito mais forte à cada tempestade...
Várias vezes, na adolescência, quase me joguei do 18º andar de um prédio, quase pulei da janela do meu quarto, quase me estatelei do viaduto Paraíso, quase tomei de uma só vez, 30 cápsulas de remédios para emagrecer, quase me atirei nos trilhos do metrô... quase... quase.... quase.... foi uma sucessão de “quase acabei comigo”. Uma sucessão de “eu não sirvo para esse mundo”, uma seqüência interminável de “não sou o bastante para a sociedade”, “não sou capaz de suportar”, “não agüento mais”, “não quero mais tudo isso”, “pra mim, chega”...
E cada vez, que a vontade de cometer um suicídio era frustrada por um sentimento de “medo” eu pensava: “sou covarde demais pra isso”. Hoje, com uma certa maturidade, percebo que não era covardia, era coragem...
Era coragem para enfrentar os problemas e não fugir deles....
Era coragem de dar a cara para bater...
Era coragem suficiente para tomar a decisão de não me entregar...
Eu tinha muitos motivos para querer morrer e nenhum para querer estar viva, mas eu tive coragem para enfrentar meus medos, minhas dúvidas, minha cara quebrada no espelho... Eu tive coragem suficiente para fazer negócios errados, para me envolver com pessoas erradas, para fazer investimentos errados e uma capacidade imensurável de quebrar a cara à cada tentativa... rsrs
O mais importante é que fui aprendendo a entrar na dança, a jogar o jogo, a operar a máquina...
Desisti de chorar de raiva, prefiro chorar de emoção, nem que seja assistindo últimos capítulos de novelas ou filmes extremamente dramáticos...
Desisti de tentar esquecer um grande amor... Os grandes amores são eternos...
Desisti de sonhar acordada... sonhar quando se está dormindo é bem melhor... Se for um sonho ruim, agente acorda e tudo bem... Se for um sonho bom, pelo menos acordamos de bom humor...
Falando em bom humor... Esses dias me disseram a seguinte frase: “você é a pessoa mais engraçada que eu conheço” e não foi, digamos assim, uma referência ao meu senso de humor... rsrs.  Sabe que eu pensei bastante? E cheguei à conclusão que foi muito bom ouvir isso... Me fez refletir....
Eu devo ser muito engraçada mesmo... consigo rir dos meus próprios problemas... consigo me achar uma palhaça (literalmente) de vez em quando. Consigo chorar vendo casamentos de novelas, consigo achar graça em “A praça é nossa” ou “Zorra total” nas noites de sábado (enquanto as pessoas normais saem pra se divertir), consigo ter ataques de loucura dançando freneticamente na frente do espelho para esquecer algum fato estressante, consigo cantar a plenos pulmões, pra vizinhança toda escutar “Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir....” pra todo mundo ouvir mesmo...
É.... eu devo ser bem engraçada! Quem olha de longe deve me achar meio patética, mas quem se aproxima um pouco mais acaba tendo certeza!
Hoje estou com um ótimo humor... (humor negro diga-se de passagem) mas não deixa de ser ótimo humor... rsrs
E já que eu comecei falando de uma coisa, passei pra outra e pra outra... deixa eu voltar à idéia central...
Muitas vezes, julguei-me covarde, sem saber que o medo de fazer do jeito fácil é que mostra quem realmente sou... Prefiro o caminho das pedras... quero enfrentar meus medos, minhas dificuldades, minhas dúvidas, minhas dívidas, minha solidão, minha fraqueza, minha insegurança...  E dizer, quando for a hora, EU VENCI, EU SOU FORTE! EU CONSEGUI!
Quero matar os meus leões diários... até aqueles mais famintos...
E ainda espero ouvir da minha própria boca : “Muito bem, garota! Você é a Mina!”  
Enquanto isso... vou tocando o barco rio acima!!!! rsrs

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

UTILIDADE PÚBLICA - Isso é muito sério....

Hoje, pra começar 2011 sendo útil de alguma maneira, resolvi postar aqui trechos de um livro maravilhoso que estou terminando de ler. O título é MENTES PERIGOSAS - O Psicopata Mora Ao Lado. De autoria da médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva. Recomendo a leitura, que certamente, nos ajuda a descobrir quem são as pessoas com as quais convivemos por muito tempo. Descobri que conheço muitos psicopatas e que alguns deles estiveram ou fizeram parte da minha vida por algum tempo.

Não vou me estender, dando minha pobre opinião à respeito. Vamos aos trechos que mais me impressionaram e que digitei fielmente como está no livro:

"Frios, manipuladores, cruéis, destituídos de compaixão, culpa ou remorso. Utilizam-se de seu charme e de sua inteligência para impressionar, seduzir e enganar quem atravessa o seu caminho. estão camuflados de executivos bem-sucedidos, bons políticos, bons amigos, pais e mães de familia, e não costumam levantar suspeitas sobre quem realmente são.
   Estes são os psicopatas, e, quando pensamos em um deles, logo imaginamos um sujeito violento, com aparência de assassino e que pode ser reconhecido em qualquer lugar. Não é tão simples quanto se pensa. A maioria nunca vai chegar ao extremo de cometer um assassinato e se passa por pessoa "comum". Entre homens e mulheres, 4% da população apresentam esse lado sombrio da mente." (contra-capa)

"Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem! Seus talentos teatrais e seu poder de convencimento são tão impressionantes que chegam a usar as pessoas com a única intenção de atingir seus sórdidos objetivos. Tudo isso sem qualquer aviso prévio, em grande estilo, doa a quem doer.

...são pessoas frias, insensíveis, manipuladoras, perversas, transgressoras de regras sociais, impiedosas, imorais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão, culpa ou remorso. Esses "predadores sociais" com aparência humana estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria das pessoas: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem".

... Por serem charmosos, eloqüentes, "inteligentes", envolventes e sedutores, não costumam levantar a menor suspeita de quem realmente são. Podemos encontrá-los disfarçados de religiosos, bons políticos, bons amantes, bons amigos. "(pág. 16)

"...Eles são verdadeiros atores da vida real, que mentem com a maior tranquilidade, como se estivessem contando a verdade mais cristalina. E, assim conseguem deixar seus instintos maquiavélicos absolutamente imperceptíveis aos nossos olhos e sentidos, a ponto de não percebermos a diferença entre aqueles que têm consciência e aqueles que são desprovidos desse nobre atributo." (pág 35)

"Acredito que todo mundo conheça uma pessoa meio imprestável, movida à manivela, encostada no outro e vivendo folgadamente às custas desse. Vamos lá, faça um esforço e vasculhe os "arquivos" salvos em suas pastinhas mentais. Certamente você encontrará um amigo ou amiga, um cunhado, um parente distante, um conhecido ou, em última instância, se lembrará de uma história que lhe contaram. Essas pessoas estão sempre com desculpas esfarrapadas na ponta da língua, justificando que os tempos estão "bicudos" e que arrumar emprego não está nada fácil. Também existe aquela velha história de que a saúde não anda lá essas coisas, dói aqui, dói acolá, e enfrentar o batente não vai dar. Pois é, então analise comigo esse comportamento aparentemente inofensivo e que pode ser encontrado ao nosso redor." (pág 49)

"A piedade e a generosidade das pessoas boas podem se transformar em uma folha de papel em branco assinada nas mãos de um psicopata. Quando sentimos pena, estamos vulneráveis emocionalmente, e é essa a maior arma que os psicopatas podem usar contra nós" (pág 62)

"Quando tiver que decidir em quem confiar, tenha em mente que a combinação consistente de ações maldosas com freqüentes jogos cênicos por sua piedade praticamente equivale a uma placa de aviso luminosa plantada na testa de uma pessoa sem consciência. Pessoas cujos comportamentos reúnam essas duas características não são necessariamente assassinas em série ou nem mesmo violentas. No entanto, não são indivíduos com quem você deva ter amizade, relacionamentos afetivos, dividir segredos, confiar seus bens, seus negócios, seus filhos e nem sequer oferecer abrigo!" (pág 63)

"Os psicopatas costumam ser espirituosos e muito bem articulados, tornando uma conversa divertida e agradável. Geralmente contam histórias inusitadas, mas convincentes em diversos aspectos, nas quais eles são sempre os mocinhos. Não economizam charme nem recursos que os tornem mais atraentes no exercício de suas mentiras. Para algumas pessoas, eles se mostram suaves e sutis, tal como galãs da TV e do cinema." (pág 68)

"Outro sinal muito característico desse comportamento é a total falta de preocupação ou constragimento que esses psicopatas apresentam ao serem desmascarados como farsantes. Não demonstram a menor vergonha caso sejam flagrados em suas mentiras. Ao contrário, podem mudar de assunto com a maior tranquilidade ou dar uma resposta totalmente fora do contexto."

"Os psicopatas possuem uma visão narcisista e supervalorizada de seus valores e importância. Eles se vêem como o centro do universo e tudo deve girar em torno deles. Pensam e se descrevem como pessoas superiores aos outros, e essa superioridade é tão grande que lhes dá o direito de viverem de acordo com suas próprias regras." (pág 69)

"Não se esqueça: psicopatas são incapazes de amar, eles não possuem a consciência genuína que caracteriza a espécie humana. Os psicopatas gostam de possuir coisas e pessoas, logo, é com esse sentimento de posse que eles se relacionam com o mundo e com as pessoas." (pág 74)

"Antes de qualquer coisa, temos que considerar que todo mundo mente, uns mais, outros menos. (...) A mentira é um ato espontâneo que permeia todos os setores da nossa vida, seja para não magoarmos uma pessoa querida, como forma de "boas maneiras", ou até mesmo para desfrutarmos de alguns ganhos. A não ser em situações de extrema necessidade, as pessoas comuns e decentes mentem somente de forma ocasional, sem maiores consequencias, ato perfeitamente justificável sob o ponto de vista moral. (...) Os psicopatas são mentirosos contumazes, mentem com competência (de forma fria e calculada), olhando nos olhos das pessoas. São tão habilidosos na arte de mentir que, muitas vezes, podem enganar até mesmo os profissionais mais experientes do comportamento humano. Para os psicopatas, a mentira é como se fosse um intrumento de trabalho, que é utilizado de forma sistemática e motivo de grande orgulho.

...Alguns psicopatas "mais experientes" são tão especialmente hábeis em mentir que se utilizam de pequenas verdades para ganharem credibilidade em seus discursos. A coisa funciona mais ou menos assim: eles admitem alguns deslizes que cometeram de fato, apenas para que as pessoas "de bem" se confundam e pensem da seguinte maneira: "Sejamos razoáveis, se "fulano" está admitindo seus erros, é bem provável que ele esteja falando a verdade sobre as demais histórias." Por isso é preciso muita observação, conhecimento de sua vida passada e um pouco de distanciamento emocional para não se deixar enganar com facilidade por um psicopata." (pág 74, 75, 76 e 77)

Bom, é isso! No mais, SEM COMENTÁRIOS!