
Lembro dos pedidos feitos às estrelas cadentes ou à primeira estrela vista quando o sol se punha no horizonte. Tem até um versinho que eu nunca me esquecia de dizer quando avistava a primeira estrela que é mais ou menos assim: "Primeira estrela que vejo, realize o meu desejo!" E fazia um pedido.
Lembro das núvens avermelhadas que, segundo os mais velhos, sinalizavam chuva próxima. Chega a ser nostálgico tais lembranças. Foram momentos que passaram despercebidos e hoje são lembranças que povoam minha mente inquieta.
Lembro da paz que eu sentia ao ouvir o canto das cigarras e o coachar de sapos assim tão naturalmente. As galinhas empoleirando-se uma a uma dentro de um contexto tão comum para quem nasceu na roça.
Aquele gostinho de ser tão simples, tão despreocupada, tão feliz...
Não que eu não me sinta feliz morando numa cidade grande. Amo São Paulo apesar de tudo.
A verdade é que sinto saudade daquela simplicidade... Tudo parece tão conturbado agora... E sei que não é a cidade. Esse desatino é dentro de mim... uma guerra sem fim...
Tenho que sobreviver, tenho que ser sociável, compreensiva, generosa e com tantas preocupações sobra bem pouco tempo para ser feliz.

Nenhum comentário:
Postar um comentário