sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Pílula da Felicidade

Gente, eu imagino cada coisa que, às vezes, chego a me surpreender com a capacidade dos meus neurônios. Tanto quando penso coisas construtivas, modéstia à parte, quanto naqueles momentos em que meu cérebro jorra uma corrente infinita de asneiras, o que por sinal é muito natural.
Num desses momentos "sublimes" de pura inspiração e incoerência, deparei-me com uma necessidade imensurável e um desejo quase demente e um tanto incitador de criar uma fórmula para  a "pílula da felicidade". Isso mesmo! Uma pílula que pudesse ser comercializada nas farmácias e drogarias. No entanto, não estou me referindo a nenhum tipo de antidepressivo, mesmo porque esses já existem e embora possam trazer calma, alívio momentâneo do stress, diminuição expressiva da angústia, eles não trazem a sensação de bem estar, tampouco de alegria. Ou seja, esse tipo de medicamento que já foi considerado a pílula da felicidade, apenas ludibria a terrível sensação de infelicidade, tristeza, solidão... Apenas deixa a pessoa meio que fora de órbita, sintonizada em outra frequência, mas na realidade os problemas continuam afligindo a mente só que o cérebro consegue se desligar mais facilmente de um pensamento aflitivo.
Um exemplo prático é o de um paraplégico com cadeira de rodas e outro sem. A única diferença entre os dois é que o que tem a cadeira pode deslocar-se de um canto a outro com mais facilidade, enquanto o que não tem fica preso em um único ponto, mas não significa que o que está na cadeira esteja com os problemas solucionados, nem que ele esteja mais feliz, talvez, só menos triste do que o outro. Resumindo: o que os antidepressivos fazem é não deixar que a mente se concentre num único pensamento. Ao mesmo tempo em que a pessoa sente-se mal com algum pensamento ruim, ela pode instantaneamente passar a pensar em coisas que podem trazer algum sentimento bom. É como mudar de canal, só isso.
Exemplos idiotas à parte, fiquei imaginando como seria bom se realmente fosse inventada da tal pílula da felicidade. Uma cápsula que pudesse ser ingerida normalmente, não causasse dependência e que trouxesse alívio imediato para as pessoas infelizes. Com efeito duradouro de felicidade plena e auto-aceitação, que não desencadeasse nenhum efeito colateral como sonolência, apatia, tremores, taquicardia, euforia, secura na boca, entre outros que são típicos da maioria dos antidepressivos e calmantes.
Pensei também em quantas enfermidades poderiam ser evitadas, pois quando não se está feliz a probabilidade de se adquirir uma doença física é muito maior. Um exemplo disso são as gripes e resfriados que sempre nos acometem nos momentos em que estamos mais vulneráveis e esgotados emocionalmente, tensos, preocupados...
Quantos pedidos de demissão seriam esquecidos; quantos divórcios seriam anulados; quantas traições seriam evitadas; quantos analgésicos seriam descartados; quantos acidentes, quantos alcoólatras, quantos assassinatos, quantos suicídios e quantos tipos de câncer deixariam de ser manchetes...
Infelizmente, isso é só um desvario de alguém que gostaria muito que esta pílula mágica existisse, assim como muita gente gostaria que existisse uma "máquina do tempo", ou seja, pura ilusão. (Há controvérsias.Rsrs)
Mas, como diz o ditado: Esperança é a última que morre. Se alguém aí, por ventura, descobrir a fórmula, já deixo encomendadas umas vinte caixas. E prepare-se para uma produção em escala universal, pois sem sombra de dúvidas, eu não sou a única a precisar. Infelizmente!

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