
Num desses momentos "sublimes" de pura inspiração e incoerência, deparei-me com uma necessidade imensurável e um desejo quase demente e um tanto incitador de criar uma fórmula para a "pílula da felicidade". Isso mesmo! Uma pílula que pudesse ser comercializada nas farmácias e drogarias. No entanto, não estou me referindo a nenhum tipo de antidepressivo, mesmo porque esses já existem e embora possam trazer calma, alívio momentâneo do stress, diminuição expressiva da angústia, eles não trazem a sensação de bem estar, tampouco de alegria. Ou seja, esse tipo de medicamento que já foi considerado a pílula da felicidade, apenas ludibria a terrível sensação de infelicidade, tristeza, solidão... Apenas deixa a pessoa meio que fora de órbita, sintonizada em outra frequência, mas na realidade os problemas continuam afligindo a mente só que o cérebro consegue se desligar mais facilmente de um pensamento aflitivo.

Exemplos idiotas à parte, fiquei imaginando como seria bom se realmente fosse inventada da tal pílula da felicidade. Uma cápsula que pudesse ser ingerida normalmente, não causasse dependência e que trouxesse alívio imediato para as pessoas infelizes. Com efeito duradouro de felicidade plena e auto-aceitação, que não desencadeasse nenhum efeito colateral como sonolência, apatia, tremores, taquicardia, euforia, secura na boca, entre outros que são típicos da maioria dos antidepressivos e calmantes.

Quantos pedidos de demissão seriam esquecidos; quantos divórcios seriam anulados; quantas traições seriam evitadas; quantos analgésicos seriam descartados; quantos acidentes, quantos alcoólatras, quantos assassinatos, quantos suicídios e quantos tipos de câncer deixariam de ser manchetes...

Mas, como diz o ditado: Esperança é a última que morre. Se alguém aí, por ventura, descobrir a fórmula, já deixo encomendadas umas vinte caixas. E prepare-se para uma produção em escala universal, pois sem sombra de dúvidas, eu não sou a única a precisar. Infelizmente!
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