
abertas que ainda sangram. Não toque a minha mão, não se arrisque! Há muito perdi o que havia de bom em mim.
Vai ficar aí até quando? Pare de me olhar desse jeito. Eu não vou lhe oferecer um cigarro, cada um que cuide do seu vício. Já sei, você está bêbado! Ah... você não bebe. Sua vida deve ser bem sem graça mesmo...
O que você ainda está fazendo aqui? Se estou dizendo pra ir embora, acredite, é para o seu bem. Eu não faço bem às pessoas nem quando as odeio, muito menos quando as amo. Ninguém nunca me entendeu e não sei porque diabos você se acha capaz disso.
Você é insistente, né? Não se engane, eu não sou delicada, nem sutil, nem branda, nem meiga, nem doce, muito menos amável. Além do mais, gosto de umas músicas bem esquisitas que você nem deve conhecer e, pra piorar, detestei esse seu cabelo. Estou dizendo tudo agora para que não diga que não avisei ou que se enganou ou que pensou que eu fosse diferente.
Pela última vez: Cai fora, se manda, dá linha, vaza... Saia antes, enquanto é tempo...
Antes que eu me atire em seus braços, desague meu pranto em seu ombro e lhe peça para aceitar todos os meus defeitos e esquecer tudo o que eu disse antes.