
O que se vê é um “Curtir” que não dá
direito à resposta. Uma maneira de encurtar o assunto e aumentar a barreira
entre os seres humanos. Uma forma nada autêntica de pormenorizar expressões. Um
declínio da inteligência em detrimento da comunicação, porque não há mais em
quê se pensar, basta “copiar e colar”. E eu ainda tentando guardar números de
telefones na minha memória e não na do celular. Não quero que o meu cérebro
seja um náufrago nesse mar de coisas tolas, onde a mesma frase se aplica em qualquer
circunstância como se já não houvesse mais nenhum outro termo a ser usado. É
uma verdadeira ingestão de “tudo igual”, café com leite, arroz com feijão todos
os dias.

Tudo é tão rápido, num ritmo tão
frenético que quando olhamos pela janela o sol já se pôs e nem sabemos se ele
apareceu ou não. Não se pode lutar contra isso. É
impossível não se contaminar, nem que seja para não parecer deslocado. O que
não me conformo é o fato de não existir mais diálogo construtivo. Bastam vários
“K” para se dizer que achou graça, um “ownn” para se dizer que achou bonito e
um “joínha” para qualquer coisa. Eu não sou contra as redes sociais, em hipótese
alguma. Eu também “Curto e Compartilho” muitas coisas e até acho legal, em meio
a tanto stress, poder dar boas gargalhadas com algumas fotos e vídeos
engraçados. O problema é que a vida das pessoas tem se resumido a isso. Estão
fazendo das redes sociais (atualmente “A” rede social) um diário pessoal onde
as pessoas precisam nos informar até se tomaram banho ou não.

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