quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Ordem é se Libertar!!!!

Foi difícil cair a ficha que mais um ano está terminando. O que leva àquela velha expectativa de um novo ano que começa. É a hora em que fazemos planos, promessas... que na maioria das vezes não são cumpridas. Começamos o ano com mil idéias, cheios de esperança e tomados por um desejo imensurável de fazer as coisas darem certo, no entanto o tempo parece estar passando cada vez mais rápido que quando concluímos, isto é, se concluímos alguma das metas traçadas, já está na hora de montar a árvore e o presépio novamente. Aí não dá tempo para mais nada.
Eu não sei se o próximo ano vai ser assim tão diferente de todos os outros, tampouco tenho a pretensão de grandes conquistas. Não querendo ser pessimista mas de certa forma já sendo, eu não acredito que estouros de fogos de artifício, um monte de gente se abraçando e exibindo roupas novas compradas para a ocasião e a pagar no ano seguinte, sejam suficientes para garantir que o ano seja vitorioso. Por outro lado, essa época nos deixa mais motivados a pelo menos tentar fazer algo diferente.
Hoje acordei meio esquisita, assim como vem acontecendo de uns anos pra cá. Acordei cantando o refrão de uma música "socorro, não estou sentindo nada. Nem medo, nem calor, nem fogo, não vai dar mais pra chorar, nem pra rir...". Fiquei com isso na cabeça e uma sensação de amargo na boca. Uma saudade de coisas que vivi, sensações que não esqueci, mas me dei conta de que essa saudade era só uma lembrança boa, um passado morto e enterrado. Lembrei-me do quanto esse passado ainda estava presente na minha vida: cartas, presentes, lembrancinhas, fotos, cartões, músicas, e-mail's, torpedos, contatos na agenda do celular... como diria o rei, detalhes tão pequenos de nós dois... rsrs
Decidi, então, começar a limpar a casa, como citado no livro "Enquanto o Amor não Vem" da escritora Yanla Vanzant. Percebi que há anos estou vivendo uma fase de "meio-tempo". Esperando que um amor possa escolher meu coração para ao menos passar uma temporada. O fato é: como alguém pode querer ficar numa "casa" tão bagunçada? cheia de coisas velhas, sentimentos antigos, mágoas, tristezas e objetos sem nenhuma utilidade que ainda faziam tanta diferença...
Resolvi fazer a "grande faxina". Foi tudo pro lixo. Fotos, cartas, bilhetes... TUDO!
Não quero nada que me prenda ao passado, aliás um passado tão distante. Foi bem difícil me desfazer de algumas coisas que há anos eu pensava, até queria, jogar fora, mas acabava por guardar por acreditar que essa era uma forma de guardar um pouco do que eu havia perdido. Mas hoje não! Fiz o que já deveria ter feito há vários anos atrás.
Confesso que estou me sentindo meio estranha agora. A sensação é de ter enterrado um ente querido. Saber que nunca mais lerei tais palavras ou olharei para certas fotos. Estou exorcizando meus fantasmas, exercitando o desapego...
É um processo bastante doloroso, porém necessário.
Não podemos passar a vida nos lamentando por algo que já foi e não tem mais volta.
Livrei-me de todas as coisas materiais que me prendiam ao passado. E sei que com isso fica mais fácil esquecer... eu acho.
Quero minha casa limpa, minha mente arejada, meu coração aberto para novas possibilidades que podem acontecer ou não em 2012, mas caso não aconteçam sempre haverá um ano após o outro.
E como diz a música: Esse ano quero paz no meu coração!
Não sei se algo vai mudar significativamente fora de mim, mas posso assegurar que a grande faxina começa de dentro para fora. A ordem é se libertar!
Estou dando um "RESET" na minha vida, um "DEL" para as lembranças tristes, um "ESC" aos lugares que não me fazem bem e um "STAND BY" pro meu coração, até que chegue o momento certo de teclar um "ENTER" para a verdadeira felicidade  e isso vale para todos os setores da minha vida...
Provavelmente, esse é meu último post do ano. Se gostou, curta e compartilhe! rsrs


Um feliz Natal e que venha 2012.
Um beijo no coração de todos e até lá!!!!!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ai que difícil!!!!

Mal começou e já começa a me subir um calorão... Tiro o casaco pra facilitar....
Ele me joga daqui pra lá, de lá pra cá e a coisa começa a fluir, mas quando começo a me alegrar ele pára...
Eu louca para que ele continue, daí ele volta a agir e à cada vez que me empolgo e penso: "Agora eu vou" ele pára de novo.
Já estou com as pernas bambas e sinto dor em algumas partes do corpo.
O pior é que têm várias pessoas passando na rua e ficam vendo tudo pela janela, através do vidro embaçado da nossa respiração, mas não embaçado o suficiente para nos encobrir... e ficam chocadas!
Também pudera! São tantos homens suados me apertando, me amassando... Acho que nunca viram tanto sobe-e-desce, tanto entra-e-sai...
Eu louca para que chegue logo o ponto final. E eles ali querendo a mesma coisa: Alcançarem o bendito ponto, chegarem lá!
Algumas mulheres também querem entrar na brincadeira de qualquer jeito, aí vira um entrelaçar de braços e pernas que eu já nem sei mais o que é meu e o que é delas e vamos nos consumindo naquele calor....
São tantos "ais" e "uis"... "Ai meu Deus!", "Ai, Socorro!", "Ui, desculpa!"
Aiiiii.... já não aguento mais!
Não vou resistir, não vou resistir, não vou resistir..................
Pára...Pára... Pára....
PÁRA A DROGA DESSE ÔNIBUS QUE EU QUERO DESCER!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

KKKKKKKKKKKK....

Aposto que as mentes poluídas de plantão já pensaram besteira, né?
Se querem viver essa sensação, peguem o ônibus Itaim-Bibi linha 516N/10 no horário de pico que vão entender do que estou falando!!!!
rsrs

Beijinhos galera!!!!!

Até a próxima!

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Sexo Frágil??? Uma Ova!!!

ABAIXO A FRESCURA


Em meio a tantos afazeres e responsabilidades 
estive pensando no termo "sexo frágil" como designação atribuída à nós, mulheres. Nada soa tão falso aos meus ouvidos. Como classificar de frágil um ser capaz de fazer tantas coisas ao mesmo tempo? Não temos a força bruta que os indivíduos do sexo masculino possuem, porém temos uma energia psicológica relativamente maior do que a deles. E por assim dizer, força bruta é só uma questão de treino.

Para começar, Deus nos deu a capacidade de gerar e dar à luz a uma criança, às vezes mais de uma ao mesmo tempo. Quer agressão maior? Bom, ainda bem que isso é trabalho das mulheres senão nós não estaríamos aqui. O mundo teria acabado logo na primeira geração. Caim não teria matado Abel porque se Adão tivesse sobrevivido ao primeiro parto, certamente nunca mais ia querer saber de comer o fruto proibido da Eva. rsrs
Há alguns anos atrás ouvia-se dizer que "Amélia é que era mulher de verdade". Será? Aposto que não! A "Amélia" foi educada e por que não dizer, adestrada para ser capacho do marido. Absolutamente dependente dele pra tudo e obedecendo sempre às regras que ele ditava e, claro, sujeitando-se a surras e traições, porque uma coisa é certa: todo homem que tem uma Amélia em casa procura uma "Capitu" na rua. Isso não mudou muito nos dias de hoje. Mesmo que já não existam tantas Amélias, as Capitu's ainda permeiam o imaginário masculino. Isso é fato!
Com o passar dos anos a mulher foi se emancipando, tomando partido da própria vida e ditando as próprias regras. Assumiu papéis de destaque no mercado de trabalho, porém ganhando menos, mas enfim, conquistou a própria independência. E o que isso significa? jornada tripla de trabalho: Profissão, casa/filhos e marido quando o têm. Para mim, mulher de verdade é aquela que acorda cedo, leva os filhos pro colégio, sai pra trabalhar, passa o dia pensando se seus pequenos estão bem, volta pra casa e começa o segundo turno; entra em casa exausta e nem lembra de tirar os sapatos que estão estrangulando seus pobres dedinhos, pois precisa colocar a roupa suja na máquina de lavar e enquanto isso coloca a comida no fogo, dá banho nas crianças, serve o jantar, coloca-os pra dormir, lava a louça enquanto o maridão já chegou do trabalho, tomou banho, jantou e agora assiste televisão como se não existisse mais nada no mundo. Ou seja, para aquelas que não têm marido até essa parte não muda nada, já as casadas, depois de colocar as crianças na cama, se prepara para o terceiro turno; toma um bom banho ao mesmo tempo em que se depila para estar "apresentável" ao marido e aproveita a água do chuveiro pra lavar o banheiro. Quando sai do banho, mesmo morta de cansada e querendo cair na cama e apagar, ainda se preocupa em colocar uma linjerie atraente para o marido que, a esta altura, já está de pijama e deitado esperando sua linda e exausta esposa para uma estonteante noite de amor. No dia seguinte começa tudo de novo.
Aí, aparece alguém pra dizer que as mulheres são complicadas, que choram a toa. Também pudera! Se não pudéssemos chorar acho que explodiríamos. Só uma mulher de verdade é capaz de encontrar forças quando já não as tem. Afinal, quando choramos é como se um peso fosse aliviado dos nossos ombros.
Qual é o homem que aguenta uma depilação com cera quente? Qual o homem que conseguiria trabalhar com uma maldita cólica mesntrual? Quem é mesmo o sexo frágil?
Atenção vocês do sexo masculino:
*uma mulher de verdade não precisa de um homem pra pagar as contas, nem pra consertar o encanamento, para isso existe mão de obra qualificada. Ela precisa mesmo é de amor e carinho. E mais do que fazer amor, ela quer dormir abraçada depois.
Mais do que alguém pra carregar as sacolas, ela quer alguém que segure a mão que tiver vazia.
Esse post é para falar de mulheres fortes, determinadas. Aquelas que fazem mais com menos; aquelas que mesmo com medo, matam suas próprias baratas, abrem seus próprios potes de conserva, pintam suas próprias paredes, trocam o próprio botijão de gas, carregam a própria bagagem, penduram seus quadros na parede sem precisar de ajuda masculina para usar a furadeira. Aquelas que, quando vão pra cozinha sabem preparar algo além de miojo com salsicha e pipoca de microondas e, no entanto, guardam o telefone da pizzaria para os finais de semana; aquelas que sabem lavar, passar, cozinhar e fazer amor, mas que acima de tudo são donas de si mesmas; aquelas que não levam desaforos pra casa e ainda assim são doces, carinhosas e sensíveis; aquelas que não ficam emburradas porque o marido foi jogar futebol com os amigos; aquelas que passam noites em claro cuidando do filho doente e após meia hora de sono, levantam da cama, se trocam, colocam um salto alto e vão trabalhar, sem esquecer jamais do batom e do blush para disfarçar a cara mal dormida...
Agora, aquelas que não saem de casa com um sapato que não combine com a bolsa; que sobem na cadeira quando vêem uma barata; que não lavam a louça para não estragar a unha, não dão de mamar para que os seios não fiquem flácidos, sinto muito, mas esse texto não é para vocês que são do "sexo fresco".
Esta é uma forma de homenagear a todas as mulheres fortes que conheço. Que carregam faixas pelo movimento "Abaixo a frescura" porque de frágil aqui, só a capacidade masculina de nos compreender!...

Beijinhos...

domingo, 16 de outubro de 2011

Era uma vez...

O dia era 17 de junho de 1984, no interior do interior das Minas Gerais, nasceu uma menina. Filha de um casal normal para os padrões da época e do local onde nascera. Uma família enorme que morava na roça. Era uma menina esperta, inteligente, adorava livros, aprendeu a ler aos 5 anos de idade sem nunca ter ido a escola, cheia de sonhos...
Apaixonou-se pela televisão no primeiro instante em que viu uma telinha em preto e branco de formato arredondado. Desde então, seu maior sonho era ser atriz de novelas, mas sabia que aquele sonho era distante demais para uma menina pobre, feia e que vivia no meio do nada...
Mesmo sendo uma garotinha esperta sentia-se sempre rejeitada, o patinho feio, era terrivelmente infeliz. Escondia-se no meio do mato para chorar sem nenhum motivo aparente, nem ela entendia o porquê de tanto sofrimento aos 8, 9 anos de idade. Chorava até soluçar, até os olhos ficarem vermelhos, inchados e ardendo. Ela ficava imaginando alguma tragédia com os pais, um suicídio, um assassinato e sofria por antecipação. Cenas demasiadamente fortes que povoavam uma mente que, pela lógica, deveria ser livre de tais pensamentos.
O tempo foi passando e aquela menina sentia-se cada vez mais distante daquela realidade. Pensava que era adotada, desejava a morte com todas as forças do seu coração, trancava-se dentro de si e o tempo por si só a forçava a acordar todos os dias... Sempre um dia a mais ou um dia a menos, não fazia diferença.
Aos doze anos ela ficou órfã de pai. Assim, repentinamente e uma parte da sua realidade se desfez abruptamente. Não bastasse isso, aos treze anos ficou também órfã de mãe. Aí sim, todo aquele medo que sentia quando criança era justificado.
ela se sentia só, abandonada, esquecida por Deus numa idade tão difícil. Foi forçada a mudar de cidade, a largar todo aquele pequeno Universo ao qual, bem ou mal, era tudo o que ela conhecia e já estava acostumada. Viu-se forçada a se afastar dos poucos amigos que tinha, do primeiro amor, da escola que tanto amava... Era hora de começar tudo de novo. Cidade nova, casa nova, escola nova, novas obrigações e nenhum amigo pra começar. O que tornava tudo ainda mais difícil já que nunca fora popular. Sofreu o que hoje pode se chamar de bulling, foi rejeitada por suas origens, sua ingenuidade, seu sotaque, até por sua "mania" de ser uma excelente aluna em todas as matérias. Mas um dia ela resolveu mudar. Passou a se interessar cada vez menos pelos estudos, começou a cabular aulas, a falar besteiras, a beber, a fumar, a brigar na rua, a não levar desaforo pra casa. Contudo, aprendeu a sorrir... a ser divertida, irônica às vezes, descobriu que ficar de cara amarrada só afastava as pessoas e que ser boazinha era uma coisa absolutamente "do mal". Por mais que se sentisse infeliz, estava sempre com um sorriso no rosto e uma piada na ponta da língua.
À esta altura já não tinha nem metade dos sonhos que tinha antes. Ela não era mais a menina que queria ser aceita, aliás, ela estava pouco se lixando pra isso.
Apaixonou-se algumas vezes, sempre pelos garotos errados e sofreu em todas as vezes.
Muitos anos se passaram, muitas coisas aconteceram e a menina virou mulher, tornou-se mãe, melhorou um pouco, superou alguns obstáculos, estabacou-se em outros, mas levantou-se e continuou andando. Sem sonhos, sem expectativas, com a certeza que nasceu pra ser toda errada e absolutamente só. Acreditando que um verdadeiro amor é privilégio pra poucos e ela, definitivamente, não está incluída nesse grupo.
Depois de tantas histórias interminadas, interrompidas, ela ainda se pergunta: Quando é mesmo que o patinho feio vira cisne? Ainda falta muito para o "e foram felizes para sempre"?

domingo, 18 de setembro de 2011

A preguiça empobrece e o trabalho enobrece!!!!

Eu voltei!!!! Não sei se isso é bom ou ruim, mas aqui estou com meus textos novamente à ativa. O motivo de tamanha demora foi indiscutivelmente, falta de tempo. A jornada de trabalho tem sido extenuante. Não, isso não é uma reclamação! Agradeço a Deus todos os dias por não estar fazendo parte das estatísticas de desemprego no Brasil.
Como eu disse anteriormente tem sido cansativo, porém gratificante.  Sair de casa todos os dias bem cedo, pegar um ônibus lotado que mal dá pra mexer as sobrancelhas por pelo menos, uma hora e ao descer, andar, ou melhor, correr mais uns dez minutos para conseguir chegar no horário e ainda assim, dar graças a Deus por ter um trabalho.
Além do salário a receber no final de um mês inteiro de labuta, é muito bom sentir-se útil, indispensável e ter o reconhecimento dos superiores. Um simples elogio ou agradecimento vale uma semana inteira de muito esforço. Compensa a correria, o cansaço, a falta de tempo para estar com os amigos (ps.: amigo de verdade sente falta da nossa companhia, mas não se afasta porque conhece as nossas necessidades) e compensa também a falta de tempo para escrever bobagens num blog.
Não há nada melhor do que poder encher a boca pra dizer: estou trabalhando. É incrivelmente maravilhoso poder fazer planos para o futuro, sabendo que eles serão concretizados, a menos que Deus não queira. Seja comprar um sapato novo, fazer um curso, planejar uma viagem com os amigos no feriado, enfim, não dá para descrever a sensação de liberdade e independência. Saber que quando as contas chegarem, porque elas vão chegar, terei recursos para pagá-las sem arrancar metade dos cabelos.
Sempre me considerei uma guerreira que não foge da batalha, seja ela qual for e, sinceramente, não consigo compreender como algumas pessoas se acomodam na vida, principalmente quando se trata de trabalho. Eu, particularmente, me acomodei em certos aspectos da minha vida, como sair para baladas, continuar com a música, continuar fazendo teatro, arranjar um namorado, enfim... coisas que de certa forma não fazem tanta falta e não interferem na maneira como as pessoas me olham. Não que isso importe, pois nunca dei muita bola para o que pensam de mim, mas a opinião das pessoas que eu amo, importa sim.
Aprendi desde criança que é preciso trabalhar para se conseguir algo na vida. Nada cai do céu, nada vem de graça e o que vem fácil, vai mais fácil ainda, além de não trazer a prazerosa sensação de satisfação pessoal, orgulho próprio e auto-estima. Acredito piamente que tudo o que lutamos para conquistar tem um gosto todo especial.
É uma pena que nem todo mundo compartilhe dessa minha opinião, porque o que faz uma pessoa diferente da outra é justamente a forma de encarar a vida. Isso é tão óbvio!
Ninguém em sã consciência vai querer estar ao lado de alguém que precisa ser arrastado, içado ou empurrado o tempo todo, seja um parente, um amigo(a), um companheiro(a). É preciso que cada um ande com as próprias pernas (não necessariamente no sentido literal). É imprescindível que cada ser humano, homem ou mulher, seja capaz de administrar a própria vida sozinho, para não ceder a terceiros o direito de fazerem julgamentos, apontarem o dedo e, se por hipocrisia o fizerem, poder estufar o peito e dizer em alto e bom som: “EU PAGO MINHAS CONTAS! A VIDA É MINHA E NINGUÉM TEM NADA A VER COM ISSO!”.
Eu me orgulho de tudo o que tenho até hoje. Sei que é quase nada, mas também sei o quanto me esforcei para conseguir. E ainda continuo me esforçando, pois sei que ainda tenho muito a conquistar. De forma honesta, justa e com a certeza de que mais importante do que bens materiais, o trabalho traz dignidade e disso eu não abro mão.
E pra finalizar... UMA ÓTIMA SEMANA DE TRABALHO A TODOS!!!!!

Beijos carinhosos e até a próxima!!!!!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Solidariedade nunca é demais...

Olá pessoal, andei meio sumida do blog porque nos últimos dias não tive muita vontade de escrever. Sou assim mesmo: Tenho um profundo respeito pelas minhas próprias vontades e não costumo fazer nada que eu realmente não queira. Mas hoje já acordei com vontade de escrever e aqui estou eu. Espero que vocês tenham paciência para ler e mais do que isso, que possam refletir a respeito, já que o tema dessa postagem tem mais a ver com reflexão que leva à atitude do que com entretenimento e distração. Tampouco quero falar de mim, mesmo porque o que vou dizer deve ser visto de forma coletiva e não individual.
Estou falando de solidariedade, generosidade e amor ao próximo. Explico: Quem aí, nesse exato momento, está com as mãos e pés gelados, praguejando contra o frio e tomando (ou desejando) um café, um chá ou um chocolate quente? As temperaturas nesse inverno não só prometem ser, como já estão sendo rigorosas literalmente, polares. Sair da cama pela manhã tem sido um martírio. O desejo de não sair do emaranhado e cobertores e edredons é, por assim dizer, quase incontrolável.
Andamos parecendo “cebolas”, cheios de camadas e mais camadas de roupas que ainda não parecem ser suficientes. Eu pergunto: E aquelas pessoas que não têm casa, não têm cobertores e dormem ao relento? Como elas se sentem numa situação como a da madrugada de ontem, que foi a mais fria dos últimos tempos, com os termômetros na casa de 0ºC em algumas regiões?
E nós, o que fazemos ou podemos fazer a respeito? Muitos vão dizer que não é possível se fazer muita coisa, mas eu digo que é possível sim! Não estou falando em uma ou duas pessoas salvarem a humanidade, mesmo porque nenhum mortal tem super poderes para tal, mas estou falando de todos nós. E não é preciso organizar um mutirão para sair às ruas distribuindo cobertores, agasalhos e alimentos, embora tenha muita gente capaz de fazer isso, a grande maioria não abriria mão do conforto e aconchego dos seus lares para ajudar os necessitados ou por algum motivo de força maior não pode fazer esse tipo de coisa, infelizmente. O que quero dizer exatamente, é que não precisa muito para sermos solidários. Gostaria de propor uma coisa: Hoje, quando você estiver em casa, caso não esteja agora, abra todas as portas do seu guarda roupas. Eu disse todas de uma vez e não faça nada por alguns minutos, apenas olhe atentamente para a quantidade de roupas que você tem.
Conheço pessoas que possuem um armário com “N” portas, que ocupa o quarto inteiro entupido de roupas, enquanto 5% delas são utilizadas, o restante só serve para ocupar espaço e juntar mofo. O pior de tudo isso é que mesmo essas peças emboloradas ou com cheiro de naftalina poderiam salvar vidas. E o que estamos fazendo com esse tipo de atitude? Negligenciando um socorro que seria de grande valia para os mais necessitados.
Voltando ao seu armário, examine as peças uma a uma e tente se lembrar de quando foi a última vez que você a utilizou. Se não conseguir se lembrar ou se isso ocorreu a mais de 6 meses, doe essa peça pois dificilmente você voltará a usá-la. Seja porque saiu de moda ou porque está desbotada, ou faltando um botão, ou porque você engordou ou emagreceu, enfim, as possibilidades são tantas... Abra espaço para novos ares circularem não só no seu armário, mas no seu coração. Não existe nada mais gratificante do que ajudar alguém. Lembro que minha mãe sempre dizia: Faça o bem sem olhar a quem. É isso que estou propondo. Não importa se a pessoa que você ajudar, não lhe diga ao menos obrigado, não importa se é um usuário de drogas, um alcoólatra, um homossexual, uma garota de programa, se torce para o time contrário ao seu, se é cego, surdo ou mudo, negro, branco, amarelo ou rosa choque, não importa! Aos olhos de Deus somos todos iguais e, sem dúvidas, sempre podemos fazer a diferença.
É triste saber que pessoas estão morrendo de frio. Isso não é uma causa de morte “aceitável”, pelo menos pra mim. Uma coisa é morrer de velhice, bala perdida, atropelamento, doença incurável, mas morrer de hipotermia num país tropical, abençoado por Deus, bonito por natureza e com tanta gente que pode ajudar é, no mínimo, perturbador. E quando penso nas crianças que estão nesta situação de total abandono parece-me ainda mais desconcertante.
Não tenho a pretensão de me passar por nenhuma Madre Teresa, nem de conquistar o reino dos céus, muito menos dar uma de boa samaritana ou ser beatificada, estou bem longe disso, mas se há algo que possamos fazer pelo próximo, então façamos agora! Antes que o noticiário da TV anuncie mais uma morte que poderia ter sido evitada.
Solidariedade NUNCA é demais...
Pense nisso! E se esse texto lhe tocou o coração de alguma forma, ajude-me a divulgá-lo. Quanto mais pessoas refletirem sobre esse assunto, maiores serão as chances de algo ser feito concretamente.
Um abraço acalorado e um beijo no coração de todos!
E não se esqueça: JESUS TE AMA!


sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Pílula da Felicidade

Gente, eu imagino cada coisa que, às vezes, chego a me surpreender com a capacidade dos meus neurônios. Tanto quando penso coisas construtivas, modéstia à parte, quanto naqueles momentos em que meu cérebro jorra uma corrente infinita de asneiras, o que por sinal é muito natural.
Num desses momentos "sublimes" de pura inspiração e incoerência, deparei-me com uma necessidade imensurável e um desejo quase demente e um tanto incitador de criar uma fórmula para  a "pílula da felicidade". Isso mesmo! Uma pílula que pudesse ser comercializada nas farmácias e drogarias. No entanto, não estou me referindo a nenhum tipo de antidepressivo, mesmo porque esses já existem e embora possam trazer calma, alívio momentâneo do stress, diminuição expressiva da angústia, eles não trazem a sensação de bem estar, tampouco de alegria. Ou seja, esse tipo de medicamento que já foi considerado a pílula da felicidade, apenas ludibria a terrível sensação de infelicidade, tristeza, solidão... Apenas deixa a pessoa meio que fora de órbita, sintonizada em outra frequência, mas na realidade os problemas continuam afligindo a mente só que o cérebro consegue se desligar mais facilmente de um pensamento aflitivo.
Um exemplo prático é o de um paraplégico com cadeira de rodas e outro sem. A única diferença entre os dois é que o que tem a cadeira pode deslocar-se de um canto a outro com mais facilidade, enquanto o que não tem fica preso em um único ponto, mas não significa que o que está na cadeira esteja com os problemas solucionados, nem que ele esteja mais feliz, talvez, só menos triste do que o outro. Resumindo: o que os antidepressivos fazem é não deixar que a mente se concentre num único pensamento. Ao mesmo tempo em que a pessoa sente-se mal com algum pensamento ruim, ela pode instantaneamente passar a pensar em coisas que podem trazer algum sentimento bom. É como mudar de canal, só isso.
Exemplos idiotas à parte, fiquei imaginando como seria bom se realmente fosse inventada da tal pílula da felicidade. Uma cápsula que pudesse ser ingerida normalmente, não causasse dependência e que trouxesse alívio imediato para as pessoas infelizes. Com efeito duradouro de felicidade plena e auto-aceitação, que não desencadeasse nenhum efeito colateral como sonolência, apatia, tremores, taquicardia, euforia, secura na boca, entre outros que são típicos da maioria dos antidepressivos e calmantes.
Pensei também em quantas enfermidades poderiam ser evitadas, pois quando não se está feliz a probabilidade de se adquirir uma doença física é muito maior. Um exemplo disso são as gripes e resfriados que sempre nos acometem nos momentos em que estamos mais vulneráveis e esgotados emocionalmente, tensos, preocupados...
Quantos pedidos de demissão seriam esquecidos; quantos divórcios seriam anulados; quantas traições seriam evitadas; quantos analgésicos seriam descartados; quantos acidentes, quantos alcoólatras, quantos assassinatos, quantos suicídios e quantos tipos de câncer deixariam de ser manchetes...
Infelizmente, isso é só um desvario de alguém que gostaria muito que esta pílula mágica existisse, assim como muita gente gostaria que existisse uma "máquina do tempo", ou seja, pura ilusão. (Há controvérsias.Rsrs)
Mas, como diz o ditado: Esperança é a última que morre. Se alguém aí, por ventura, descobrir a fórmula, já deixo encomendadas umas vinte caixas. E prepare-se para uma produção em escala universal, pois sem sombra de dúvidas, eu não sou a única a precisar. Infelizmente!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Saúde Pública no Brasil é uma piada

Sim, uma piada sem graça da qual é melhor rir para não chorar. Fico inconformada com tanto descaso no atendimento nos hospitais e postos da rede pública de saúde. O real significado de SUS deveria ser “Sem Uma Solução” ou quem sabe, ser alterado para “SIS – Sistema Inútil de Saúde”.
Pela quantidade de impostos que se paga no Brasil, a saúde, educação, moradia, dentre outros benefícios que são de direito da população deveriam ser primorosos, entretanto, o que se vê por aí beira ao caos. Hoje vou falar da saúde, não que os outros temas não sejam essenciais, porém se eu for falar tudo de uma vez ninguém vai ler isso de tão extenso que vai ficar.
Na questão da saúde falo por experiência própria, pois não tenho convênio médico e em todas as vezes que me vejo obrigada a procurar atendimento na rede pública é um verdadeiro suplício. Como dizem por aí: “É a treva!”.
Para se ter uma idéia, quando precisamos agendar uma consulta só conseguimos vaga para dali a uns dois meses no mínimo, ou seja, quando chega o dia da bendita consulta já nem lembramos mais com exatidão o que nos motivou a procurar um médico, porque na maioria das vezes, já procuramos um meio alternativo para curarmos nossas enfermidades, seja procurando uma clínica particular, um curandeiro, uma igreja evangélica, os “chazinhos” da vovó ou, na pior e mais comum das hipóteses, tomando medicamentos por conta própria, simplesmente porque não dá para esperarmos dois meses para ouvirmos um diagnóstico médico.
Várias pessoas são agendadas para o mesmo dia, no mesmo horário e quem chegar primeiro passa na frente. O atendimento é tão, mas tão demorado que, ao entrarmos no consultório só conseguimos pensar na dor nas pernas e nas costas de tanto ficarmos em pé (nunca têm assentos suficientes para todos e o número exorbitante de idosos e gestantes revezam-se  para que cada um possa sentar um pouquinho) e na terrível dor de cabeça seja pelo stress ou pela fome, pois é preciso sair de casa tão cedo que mal dá tempo de engolir um cafezinho preto e sair correndo na esperança de ser um dos primeiros da fila. Esperança essa que se dissipa a uns dois quarteirões antes do posto médico de onde se pode avistar a gigantesca fila em direção ao portão de entrada que, sendo otimista, deverá ser aberto dali à uma hora mais ou menos.
Após uma breve e insatisfatória consulta, da qual, saímos piores do que entramos, o que o médico tem a dizer se resume, quase sempre em: “vou pedir uns exames, mas aparentemente, você não tem nada”, “vou lhe dar uma guia para que você possa se consultar com um especialista” ou “vou receitar tal remédio, se você não melhorar retorne aqui”. Ah, quase me esqueci, agora também tem uma novidade estarrecedora: “você está precisando é de uma boa sova”, como foi indicado a uma criança por uma médica de Rio Claro, interior de São Paulo.
O problema é que se for uma das duas primeiras opções, o prazo de dois meses é prorrogado por mais dois meses ou mais. Se, por ventura, for receitado algum medicamento, reze para encontrá-lo na farmácia do posto em que se consultou porque caso não tenha e você esteja sem condições de comprá-lo, o que é muito comum, terá que rodar meio mundo para encontrá-lo em alguma farmácia da rede pública, pois sempre que falta em uma, falta em todas as outras e detalhe: correndo o risco de não ser o tratamento de que precisa e ter que marcar uma nova consulta para daqui a mais dois meses.

Enfim, estou começando a me simpatizar com a idéia de morrer em casa e quentinha, mas como “quase” todo brasileiro, ainda tenho esperança de que esse quadro possa ser revertido e que possamos ser como alguns países desenvolvidos que não necessitam de convênios médicos devido à excelente qualidade dos serviços públicos ou de, quem sabe, ganhar na loteria. E pelo andar da carruagem, com palhaços sendo eleitos por aí, a chance de se ganhar na loteria ainda parece a hipótese mais provável.

Engraçado, não? Então riam, se puderem, porque rir ainda é o melhor remédio!


quarta-feira, 4 de maio de 2011

Maio, o mês das mães...

Maio é conhecido como o mês das noivas, o mês das mães... para mim é um mês de recordações e muitas, muitas saudades. É o mês do aniversário do meu pai e da minha mãe, além de ser obviamente o mês das mães. Hoje sou mãe e agradeço a Deus por isso, mas ao mesmo tempo fico triste ao lembrar da minha mãe que se foi tão cedo. Só Deus sabe o quanto eu gostaria de abraçá-la e dizer o quanto a amo. Convivi com a minha mãe por pouco mais de treze anos, o que significa que estou sem ela por um espaço maior de tempo do que aquele em que ela esteve comigo.
Vejo minha filha crescer e lamento tanto o fato de que ela não pôde conhecer a avó. Fico imaginando como seria a cara da minha mãe ao pegar a minha filha no colo. É triste saber que nunca verei esta cena. Sem falar na falta que ela me faz.
Hoje entendo tudo o que ela quis me ensinar e gostaria que ela soubesse que eu aprendi.
Consigo entender porque ela chorava cada vez que via-se obrigada a dar umas palmadas em algum dos filhos.
Hoje sei exatamente o que ela sentia quando eu pedia algo que o dinheiro não dava para comprar. E não era nada absurdo como um brinquedo caríssimo, eram coisas simples como um rocambole na padaria.
Hoje sei o que é improvisar um brinquedo com latas, garrafas e pedaços de tecido. Sei o que é costurar, cortar, emendar uma roupa que já não serve mais para minha filha usar em casa por mais um tempo.
Entendo a dor e a preocupação que ela tinha quando tentava me distrair com alguma coisa para que eu não visse o que outra criança estava comendo.
Hoje entendo o quanto ela precisava de alguns minutos de solidão e silêncio quando, aos finais de tarde, distanciava-se da casa, debruçava na cerca de um antigo curral e ficava olhando o sol se pôr, pensando longe e por algumas vezes chorava de saudade dos filhos que estavam à km’s de distância ou por motivos que somente ela conhecia. E quando era flagrada num desses momentos, disfarçava, enxugava os olhos e dizia ser um cisco ou um mosquito que havia entrado no olho.
Recordando tudo isso é como se eu pudesse vê-la à beira do fogão à lenha preparando o jantar. Ela era sempre a última a se servir. Era sempre a que ficava com os últimos e piores pedaços do frango que sobravam na panela. Hoje eu sei que só uma mãe é capaz de saciar-se com o alimento que é dado aos filhos.
Minha mãe foi um exemplo de virtude e bondade. É o exemplo que quero seguir e passar para a minha filha tudo o que aprendi com ela.
Sinto tanta falta de tê-la por perto...
Nesta semana que é dedicada às mães, quero homenagear à minha:

“Mãe, saiba que a tua imagem jamais será apagada da minha memória.
Obrigada pelo amor que sempre ofertastes. Obrigada por ter sido tão maravilhosa...
Onde quer que estejas estarei sempre lembrando a tua voz, teus gestos, trejeitos, manias, preferências... E nunca me esquecerei dos teus exemplos e teus cuidados.
Hoje sou mãe, mas confesso que sinto muita falta de poder ser filha. Às vezes preciso muito do teu colo...
Esse é o teu mês, Mãe!
Quero que me perdoe pelas vezes em que a magoei, mesmo sendo uma criança.
Eu não poderia ter tido uma mãe melhor...
TE AMO, MÃEZINHA!”

Uma mãe de verdade é aquela que é sensível como uma pétala, forte como uma rocha e valente como uma leoa. Minha mãe foi tudo isso e muito mais.
O amor que sinto pela minha mãe e pela minha filha é inigualável, incomparável, indestrutível. Esse é um dos motivos pelos quais, custa-me tanto acreditar que uma mãe seja capaz de abandonar o próprio filho por aí nas caçambas de entulho, nos banheiros de hospitais...
Essas não são mães, são verdadeiros monstros que nunca provarão um amor verdadeiro, porque a mulher que não é capaz de amar a um filho jamais terá capacidade para amar a quem quer que seja.

Pois muito bem! Para finalizar gostaria de parabenizar a todas as MÃES DE VERDADE que conheço e as que não conheço também.
E quero deixar um recado para aqueles filhos(as) que não dão o merecido valor à própria mãe: “Estejam certos que ainda se arrependerão e que poderá ser tarde demais!”

Quero agradecer a Deus, mais uma vez, por ter-me dado a chance de ser mãe. Mesmo que eu nunca mais tenha uma noite inteira de sono, mesmo que eu nunca mais tenha o prazer de saborear a comida ainda quente e sem interrupções, mesmo que eu não tenha mais dinheiro sobrando no fim do mês, mesmo que eu não tenha mais tempo para me preocupar comigo, porque amor de mãe é assim mesmo... é doação e entrega até o dia em que nossas crias batem as asas e voam para longe.


E não vou desejar um feliz dia das mães porque todo dia é dia das mães! Então... simplesmente: PARABÉNS, MAMÃES! E que FELIZES SEJAM TODOS OS TEUS DIAS!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Em busca do elo perdido...

Tantos caminhos trouxeram-me até aqui. Quantos luares contemplei e quantas estrelas pude contar. Lembro da minha infância, contemplando aquele céu que só se apresenta no interior, longe das grandes metrópolis onde a poluição, as luzes das ruas e dos prédios impedem de vermos o Caminho de Santiago, o Cruzeiro do Sul e várias outras constelações...
Lembro dos pedidos feitos às estrelas cadentes ou à primeira estrela vista quando o sol se punha no horizonte. Tem até um versinho que eu nunca me esquecia de dizer quando avistava a primeira estrela que é mais ou menos assim: "Primeira estrela que vejo, realize o meu desejo!" E fazia um pedido.
Lembro das núvens avermelhadas que, segundo os mais velhos, sinalizavam chuva próxima. Chega a ser nostálgico tais lembranças. Foram momentos que passaram despercebidos e hoje são lembranças que povoam minha mente inquieta.
Lembro da paz que eu sentia ao ouvir o canto das cigarras e o coachar de sapos assim tão naturalmente. As galinhas empoleirando-se uma a uma dentro de um contexto tão comum para quem nasceu na roça.
Hummm... aquele cheirinho de terra molhada...
Aquele gostinho de ser tão simples, tão despreocupada, tão feliz...
Não que eu não me sinta feliz morando numa cidade grande. Amo São Paulo apesar de tudo.
A verdade é que sinto saudade daquela simplicidade... Tudo parece tão conturbado agora... E sei que não é a cidade. Esse desatino é dentro de mim... uma guerra sem fim...
Tenho que sobreviver, tenho que ser sociável, compreensiva, generosa e com tantas preocupações sobra bem pouco tempo para ser feliz.

Recapitulando tudo o que já vivi, percebo que o que eu buscava há dez anos atrás continua sendo o que busco agora. As alterações foram poucas e provavelmente essa busca irá perdurar até a morte. Estou em busca de um elo que foi perdido há muito tempo... E não se trata das constelações, dos luares, das cigarras e nem do cheiro de terra molhada, trata-se de algo abstrato e que nem sei direito o que é, mas sei que faz muita falta: a minha PAZ interior!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Rodrigo Faro - O Melhor do Brasil

Quando se pensa em um apresentador de programa de auditório logo vem em mente Faustão, Silvio Santos, Gugu Liberato, mas na minha opinião, quem vem dominando o cenário e roubando a cena é o apresentador Rodrigo Faro. No último sábado, só pra variar eu estava em casa. Eu, particularmente, não tenho a menor paciência para assistir tv, muito menos aos finais de semana. Quem me conhece, sabe! Mas... como eu não tinha nada melhor pra fazer, liguei a tv para distrair-me um pouco e pra minha surpresa, fiquei plantada na frente da tv até às 23:00 assistindo ao programa do Rodrigo.

ILUMINADO! Eis o adjetivo que o define muito bem. Eu já havia assistido a alguns trechos do programa dele, cujo estilo não me atrai, pois para mim, aparecer na tv procurando um namorado é o cúmulo do desespero. rsrs... O fato é que o Rodrigo Faro consegue prender a atenção do telespectador. Estou certa de que a grande maioria que assiste ao seu programa se mantém diante da telinha pelos méritos do apresentador, dentre os quais se destacam: inteligência, bom humor, espontaneidade, simpatia, naturalidade e uma entrega total ao trabalho que faz e muito bem, diga-se de passagem.
Rodrigo Faro é um artista nato. Canta muito bem, embora sua carreira como cantor não tenha tido sucesso. Interpreta muito bem, porém nas novelas não teve tanto glamour, talvez por não ter olhos azuis nem um corpo "bombadão" que, infelizmente, é a maior prova de "talento" hoje em dia. Isso me leva a crer que o fato de ser cantor e ator foi só um trampolim para o grande salto de mestre.
É um artista completo e o programa lhe permite ser versátil, mostrar a arte em diversas formas nos rendendo ótimas gargalhadas.
O quadro Dança Gatinho é simplesmente hilário. Ele se utiliza de facetas impressionantes em performances impagáveis. Dando um verdadeiro banho em certos apresentadores de programas de humor que contam piadas sem graça desde que nasceram e se auto denominam "humoristas".
Na minha opinião, sem sombra de dúvidas, Rodrigo Faro é o melhor apresentador do Brasil. Suas surpreendentes imitações de artistas como Lady Gaga, Michael Jackson, Freddie Mercury dentre outros, são verdadeiras doses antidepressivas nas noites de sábado. Não há quem não dê risadas. A entrega do artista ao personagem mostra um profissionalismo transcendente de quem realmente ama o que faz
Se você ainda não assistiu, assista. Noites de sábado na Rede Record, isto é, se você não tiver nada melhor para fazer e eu imagino que tenha... rsrs Ultimamente tem sido o meu caso, noites de sábado sozinha em casa comendo chocolate e assistindo tv. Ninguém merece, eu sei! Mas infelizmente é a minha realidade atual.
Mas... voltando ao início, só para concluir: O título "O Melhor do Brasil" se aplica perfeitamente ao apresentador Rodrigo Faro, embora o programa em si seja uma vitrine para "pegação" na frente das câmeras, com uma sequência de "foras" colossais e "beija-sapos" para não perder a viagem!

Parabéns Rodrigo! Que Deus o abençoe sempre!!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Dizer Não às vezes É Preciso!

Há momentos em que me pego numa profunda reflexão tentando entender o porquê de certas coisas, certas atitudes, certas palavras. Embora, na maioria das vezes, eu não chegue a conclusão alguma é como se esses momentos acionassem novos mecanismos no meu cérebro. Ah, sim! Eu tenho um cérebro, embora não pareça em certas circunstâncias.
Hoje, por um motivo tosco e que não vale a pena ser detalhado, flagrei-me pensando no poder que possuem certas palavras ditas. Ora por mim, ora por terceiros. Um "NÂO" por exemplo, pode ser o fim de uma amizade, de um amor como pode ser o começo de uma nova fase ou de uma nova briga. Por que para alguns é tão fácil dizer não e para outros tão difícil?
*NÃO, obrigada. Parei de beber!
*NÃO, me desculpe, eu não posso ir.
*NÃO, eu não quero mais falar com você...
*NÃO me procure mais...
*NÃO quero discutir...
*NÃO vamos falar sobre isso agora...
*NÃO posso, não estou afim...
*NÃO faça isso, NÃO faça aquilo...
*NÃO se preocupe...
*NÃO vá embora...
*NÃO te amo mais...
*NÃO me espere para o jantar...
NÃO...NÃO... e NÃO...
        Geralmente, um "não" provoca desavenças... Por quê?
        Será que temos sempre que concordar mesmo não estando de acordo?
        Será que temos sempre que estar disponíveis para tudo para não causar turbulências na política da boa vizinhança? NÃÃÃÃOOOO.....
        Eu sou meio tonta, às vezes. Sou aquele tipo de pessoa que tem uma enorme dificuldade em dizer não quando me pedem algo sem me sentir culpada. Mesmo que um "sim" venha a contrariar certas convicções. Nos tempos da escola, eu fazia as provas de colegas que se sentavam, estrategicamente, à minha direita, à esquerda, à frente e atrás, só pra não perder a amizade. (Amizade essa que se fortalecia nas semanas de provas) correndo o sério risco de ter a minha prova anulada.
       Na minha festa de 15 anos (faz tempo, mas ainda me lembro... rs) fui proibida de convidar certos colegas de classe que se diziam meus amigos. A maioria, na verdade, não foi convidada. O detalhe é que minhas irmãs que estavam realizando a festa não conheciam esses colegas, portanto, só pude convidar aqueles a quem elas conheciam. Resultado: Todo mundo de cara virada pra mim. Nem tentaram entender que não os convidei porque eu NÃO PODIA. E mal sabem o quanto eu também fiquei chateada por não poder convidar a todos. Minhas irmãs tinham total responsabilidade sobre mim, desde a morte dos meus pais e qualquer confusão que fosse gerada sobraria para elas, por isso só convidaram quem elas sabiam que eram pessoas de bem.
       Outro exemplo: Já passei noites inteiras em claro cuidando da minha filha bebê e de mais uma criança, menor do que ela, para que a mãe dessa criança fosse pra balada, dois, três dias seguidos, simplesmente por não saber dizer não.
       Já detonei meu próprio relacionamento na tentativa de ajudar a salvar o relacionamento de terceiros... por não conseguir dizer "sinto muito, mas não posso ajudar"
                   Em alguns momentos em que eu disse "não", todas as vezes em que ajudei caíram no esquecimento quase que automaticamente. É incrível! De repente, me vi às voltas com um clima péssimo de estranhamento total, simplesmente porque eu disse "Não", porque respeitei a minha individualidade.
        Quem de nós nunca disse NÃO? E quantos "NÃOS" ouvimos desde que nascemos?
        Acho que todos nós temos o direito de não fazermos algo quando não estamos com vontade... Não temos tatuada na testa a frase "Para uso comunitário" ou "Estou aqui para lhe servir". É claro que ninguém é auto-suficiente e que estamos sempre precisando de ajuda, mas daí sentir-se na obrigação de fazer algo só para manter a amizade ou as aparências é um verdadeiro despropósito.
         Eu, particularmente, gosto muito de ajudar as pessoas e o faço sempre que posso. O problema é que se, numa impossibilidade, acabo por dizer "não", a reação da outra parte sempre gera em mim um sentimento de culpa. Eu adoraria poder dizer sempre sim, se for para ajudar alguém, mas infelizmente, eu também tenho meus momentos, minhas crises, minhas coisas para fazer, das quais não quero abrir mão. Isso não é egoísmo, apenas traços da personalidade humana, características do Homo sapiens, que precisa ser respeitada.
       
E não se trata de indiferença e sim de uma impossibilidade, seja lá por qual motivo, desde que seja um motivo importante para nós.
Não devemos abrir mão de nós mesmos, não podemos colocar nossas tarefas em segundo plano, pois existem coisas que ninguém fará por nós, assim como não devemos nos chatear por causa de uma recusa ou algo assim. Temos mesmo é que superar nossas dificuldades e encarar nossos problemas por nós mesmos.
Ajudar? SEMPRE, porém sem jamais esquecermos que dizer não, às vezes, É PRECISO!